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Capital possui 84 sítios arqueológicos, como cemitérios clandestinos, artefatos tupis-guaranis e até ruínas de mineração de ouro. São Paulo é pioneira no país ao publicar dados georreferenciados sobre o tema.

16:57 01/10/2019De Secretaria Especial de Comunicação

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), acaba de publicar informações sobre os bens arqueológicos da cidade de São Paulo. O trabalho de catalogação desenvolvido, com dados georreferenciados e disponíveis para download, é inédito no país. Será possível consultar, por exemplo, a data e os artefatos encontrados em um sítio arqueológico, além dos bens desse tipo tombados pelo município.

O patrimônio arqueológico é constituído por todos os vestígios, bens e outros indícios da evolução do planeta, da vida e dos seres humanos, cuja preservação e estudo permitam traçar a história da humanidade e sua relação com o ambiente. Na capital são mais de 170 registros, entre sítios, ocorrências, bens e áreas de interesse que registram partes da história do município, desde o período pré-colonial.

Os sítios arqueológicos são locais onde objetos e marcas, como pinturas rupestres, construções antigas, túmulos e artefatos, denotam momentos históricos e o desenvolvimento de uma região. Os vestígios podem estar sobre a superfície do solo ou enterrados – sendo necessário o trabalho de um arqueólogo. São Paulo possui 84 sítios arqueológicos, que vão desde cemitérios clandestinos e artefatos tupis-guaranis até ruínas de mineração de ouro – como as encontradas no Jaraguá, bairro de Pirituba.

Há também as ocorrências arqueológicas, que apresentam registros de antiguidade isolados e, certas vezes, sem o devido trabalho de um arqueólogo, não se configurando, dessa forma, em um sítio arqueológico. São 51 ocorrências espalhadas pela cidade, com destaque para os trilhos do bonde encontrados no Vale do Anhangabaú. Nesse caso, se descobertos mais objetos no local que permitam sua contextualização histórica, essa ocorrência pode se transformar em um sítio arqueológico.

Por fim, foram disponibilizados no Portal GeoSampa os bens e áreas de interesse arqueológico.

Os bens são lotes ou edificações tombados pelo CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Cultura (SMC), cujas resoluções mostram as ações de proteção ao Patrimônio Arqueológico que devem ser respeitadas para a aprovação de intervenções no local. São cinco na cidade, sendo o mais conhecido o Pátio do Colégio.

As áreas de interesse arqueológico podem ser tombadas pelo CONPRESP ou estarem localizadas em envoltórias de tombamento. Suas resoluções também apresentam ações de proteção ao patrimônio que devem ser respeitadas. Há 38 áreas desse tipo na cidade. Alto do Pari e o Centro Histórico da Penha são exemplos.

Com a publicação de informações sobre os bens arqueológicos, a camada “Patrimônio Cultural” fica ainda mais robusta. Desde o final de agosto, o munícipe já podia consultar e baixar dados sobre mais de 400 registros, como monumentos e acervos protegidos, além das mais de 3.500 áreas tombadas por legislação de preservação. Clique aqui e saiba mais.

Como acessar e baixar a camada?

Para consultar a novidade, é simples. Acesse o Portal GeoSampa, ative a camada “Patrimônio Cultural”, selecione “Bens Arqueológicos” e em seguida as opções desejáveis: “Sítio Arqueológico”, “Ocorrência Arqueológica”, “Bem de Interesse Arqueológico” e/ou “Área de Interesse Arqueológico”

O download também é feito de forma fácil. Clique no ícone “Download de Arquivos”, escolha o tema “Patrimônio Cultural”, selecione a camada “Bens Arqueológicos” e baixe os arquivos nos formatos KMZ e/ou Shapefile.

Fonte: http://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-divulga-mapa-do-patrimonio-arqueologico-do-municipio

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