Com o tema Memória, Consciência e Esperança, Prefeitura promove intervenções artísticas, atividades on-line e ações de conscientização
A maior metrópole da América do Sul celebra seus 467 anos no próximo dia 25 de janeiro com uma programação cultural especialmente preparada pela Prefeitura de São Paulo, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Sob o tema Memória, Consciência e Esperança, as atividades planejadas vêm para, além de celebrar a memória da cidade, homenagear vítimas da Covid-19, assim como os profissionais de saúde, verdadeiros heróis deste período, além de reforçar a conscientização da sociedade para com os cuidados de distanciamento social e, por meio da arte e da cultura, trazer esperança e confiança em dias melhores, agora reforçadas pela chegada da vacina.
Num momento tão delicado pelo qual passamos, a cultura tem um papel simbólico muito relevante na vida de todos. Mas é importante ressaltar que a celebração não diminui a atenção que a população deve ter com os cuidados com a prevenção do contágio. Por isso, a programação do Aniversário deste ano foi construída a partir de ações de intervenção espalhadas pela cidade que não estimulem a aglomeração e que possam ser contempladas pelas pessoas pela cobertura da imprensa e, principalmente, on-line.
No universo digital, uma agenda com mais de 40 atividades das mais diversas áreas culturais que serão exibidas nas redes sociais de centros culturais, casas de cultura e bibliotecas geridas pela SMC. Um recorte da diversidade paulistana com shows de rap, samba, rock, MPB, apresentações teatrais para adultos e crianças, de dança, contação de histórias, discussões sobre questões indígenas e até mesmo uma exposição virtual sobre a história do circo. Num movimento para a democratização da leitura, a partir das 10h, haverá também distribuição de exemplares de Macunaíma, de Mário de Andrade, em cinco bibliotecas do município: Vicente de Carvalho, Cora Coralina, Prestes Maia, Pedro Nava e Érico Veríssimo.
Entre as ações que intervêm na paisagem urbana está o vídeo mapping São Paulo, Cidade-Ciência, que será projetado na fachada do Instituto Butantan. A atividade, que será realizada pelo Ateliê Digital Analógico, formado pelo artista Caio Fazolin e pela socióloga Tatiane Gonzalez, irá narrar através de uma visão poética os avanços da tecnologia que coloca a capital como polo produtor de ciência.
A ação São Paulo 467 anos, histórias a se contar… do Coletivo Coletores tem como proposta um mini circuito de arte digital buscando dialogar com as memórias de quatro bairros da zona leste (Itaquera, Guaianases, Cidade Tiradentes e São Miguel Paulista), produzindo narrativas visuais com informações sobre a importância dos cuidados com a Covid-19.
Os profissionais de saúde são os homenageados da intervenção Protagonistas de Máscara. A ação, realizada em setembro pela Secretaria Municipal de Cultura nos hospitais Emílio Ribas e Clínicas, agora migra para a rua Augusta, na altura no número 400, com imagens de profissionais da saúde estilizadas como heróis de quadrinhos. Os usuários do Twitter poderão enviar mensagens de apoio a esses profissionais, que serão projetadas por meio de captura em tempo real pela hashtag #sp467. Através de um QRCode na projeção, o público será direcionado para uma página da Prefeitura com as informações atuais da Covid-19 no município.
O projeto Quebrada Viva leva para as periferias da cidade uma série de projeções em laser de artistas independentes periféricos com frases de conscientização em mensagens que fomentam amor, esperança, cuidado e afeto e que poderá ser acompanhada pela comunidade das janelas de suas casas, reforçando o distanciamento social.
Nas regiões da Praça da República e das ruas Augusta, 7 de abril e Nestor Pestana, o artista visual Moises Patricio promove a intervenção Aceita?, com uma série de obras de arte em lambe-lambes levando frases de conscientização, informações e dados sobre a pandemia.
No centro expandido, a Intervenção Vai Passar contará com uma exposição fotográfica com um recorte do dia a dia das pessoas na pandemia e o árduo trabalho dos profissionais da saúde que serão exibidos em um painel de LED de 4 metros disposto em um caminhão, que circulará pela região das 12 às 20h. Entre os fotógrafos participantes estão Felipe Iruatã, Brenda Alcântara, Filipe Cioccia Sastre Redondo, Lucas Ettore Chiereguini, Alan Rodrigo Alcantara Alves e Rodrigo Capote.
A homenagem Nome Próprio irá projetar fotos das mais de 200 mil pessoas que tiveram suas vidas acometidas pela pandemia no prédio da Prefeitura Municipal de São Paulo, das 20h às 23h.
Ainda com o foco no tributo às vítimas, na área exterior do Theatro Municipal acontecerá a instalação Luminárias pela Vida de Bruna Lessa, com 900 velas solares na fachada do prédio como símbolo de luz e transformação. Durante a performance, a trilha musical será realizada pela Orquestra Sinfônica Municipal sob a regência do maestro Roberto Minczuk.
Entre as atividades de conscientização, a Secretaria expande pelas cinco zonas da cidade a intervenção artística Sorriso na Máscara, que será realizada por sete grupos de artistas de diferentes linguagens, levando um pouco de alegria e muita informação de prevenção e cuidados básicos, com distribuição de máscaras, num total de 14 apresentações que acontecerão das 10h às 18h.
No projeto Retalhos de Esperança, 100 costureiras responsáveis por confecção de máscaras durante todo o período da pandemia realizarão um trabalho colaborativo para a Vila Itororó: uma grande bandeira feita de retalhos com recados de esperança e conscientização para a população, inspirando ações de solidariedade. No mesmo local, será exibido um filme contando esse processo de construção da bandeira e uma exposição retrata o trabalho desenvolvido por essas verdadeiras artesãs.
Nos bairros do Jaguaré, Vila Piauí, Vila Nova Cachoeirinha, Paraisópolis, Comunidade do Gato, Heliópolis, Cidade Tiradentes, Guaianases e São Remo, das 10h às 16h, ao som de marchinhas, sambas enredos, funk e soul, o Formato Bloco apresenta muita alegria, folia e diversão no Cortejo Gonguê. Com uma trupe formada por músicos multi-instrumentistas, eles misturam o balanço da percussão ao suingue de metais e o som do cavaquinho em repertório que traz clássicos de Jorge Benjor, Tim Maia e Wilson Simonal e muito mais.
Entre as atividades on-line, destaque para Desvairada SP – Da Garoa aos Saraus, uma homenagem do Sarau do Binho, um dos precursores de eventos literários nas periferias da zona sul de São Paulo. No evento digital, a partir das 17h, poetas e músicos paulistanos relembram histórias vividas na cidade e declamação de poemas e músicas que nos conduzem às suas ruas, becos e vielas.
Fonte:http://www.capital.sp.gov.br/noticia/aniversario-da-cidade-sao-paulo-comemora-467-anos