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O saxofonista e jornalista Roger Marzochi e o publicitário e percussionista Gerson Neves improvisam a partir de memórias musicais do jazz e da música brasileira, hipnotizados por um aplicativo de celular que reproduz o som do instrumento de cordas indiano tanpura

“Eu fico com pena de ver uma criança tocar uma flauta imitando o Altamiro Carrilho. A semelhança existe, mas a imitação é burrice.” Essa frase foi dita pelo bruxo da música brasileira, Hermeto Pascoal, em entrevista ao jornal O Globo, em 2016, em razão de seus 80 anos de vida. Com a inspiração dessa frase e influenciados pela liberdade de improvisação proporcionada pela corrente do free-jazz, o saxofonista, jornalista e blogueiro do entresons (www.entresons.com.br), Roger Marzochi e o publicitário Gerson Neves, apresentam “Além do Cais”, uma viagem hipnótica a partir do som ancestral da tanpura, instrumento de cordas originário da Índia.

Marzochi e Neves trazem na bagagem musical memórias de artistas como Milton Nascimento, Hermeto Pascoal, Tom Jobim, Wayne Shorter e John Coltrane, cujas melodias podem surgir aleatoriamente, ou embaladas em músicas autorais de Marzochi como  “Chuva de Oceano”, composição nascida em 2016. Dependendo dos ventos, nada pode soar como as águas antes navegadas. A busca pela liberdade de improvisação ganhou força quando Marzochi participou dos movimentos Meditação com Tambores e Tambores Flow. E em artistas como Ornette Coleman, saxofonista norte-americano ícone do free-jazz, e o quarteto brasileiro À Deriva.

“Quando eu tocava com meus amigos jornalistas e não conseguia repetir exatamente como na gravação original frases musicais ou solos, sentia-me frustrado. À medida que evolui no estudo do sax, busquei sim repetir essas frases. Mas entendi que improvisação não se repete, solo não se repete. E essa experiência de tocar o que estava na mente contribuiu para estimular minha criatividade”, explica Marzochi, aluno do multi-instrumentista Mario Aphonso III, que dirige o Coletivo Tarab, centro de pesquisas da Música Oriental.

Para deixar o caminho ainda mais à deriva, próximo aos riscos de naufrágio, Gerson Neves usa em sua música percussões que vão desde o derbak, instrumento árabe parente do africano djembe, a paus-de-chuva, que podem deixar o vento soprar da Ásia para as Índias do Novo Continente. Apaixonado por música, já foi produtor de Hermeto Pascoal e enviado especial da da Rádio Eldorado para cobrir o Festival de Jazz de Montreux, na Suíça. A transculturalidade recaí na decadente modernidade de um celular, que é o recipiente primordial da tenpura, que fornece o acorde-chave de cada improvisação.

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